O Futebol é a principal actividade do Clube, sendo o sucesso nesta área indissociável tanto do crescimento e sustentação do Clube como da sua imagem ganhadora. |
O QUE FAZ SENTIDO É SERVIR O BENFICAFUTEBOL
O Futebol é a principal actividade do Clube, sendo o sucesso nesta área indissociável tanto do crescimento e sustentação do Clube como da sua imagem ganhadora. A gestão do futebol profissional é competência da SAD, mas tal não pode implicar uma desresponsabilização da Direcção do Benfica. De modo a garantir a hegemonia no futebol em Portugal e uma aproximação aos maiores clubes europeus, com consistentes participações na Liga dos Campeões, o Movimento pretende implementar um conjunto de medidas que visam capacitar a perpetuação de bons resultados e prestações da equipa profissional de futebol. A1) Reforço do número de pessoas do futebol no conselho de Administração da SAD. O Movimento considera fundamental que a gestão da principal actividade do Clube seja feita recorrendo a mais especialistas daquele que é o core business da Sociedade Anónima, o Futebol. Actualmente o Conselho de Administração é constituído por 5 membros: Luís Filipe Vieira, Nuno Gaioso Ribeiro, Domingos Soares Oliveira, José Eduardo Moniz e Rui Costa. Destes cinco, apenas um tem um nível de compreensão global adequado e específico da principal actividade do Clube e respectiva SAD, como já referido pelo actual treinador. É nossa intenção reformular o Conselho de Administração. Esta reformulação não se traduzirá num maior número de administradores, mas sim na escolha de um perfil diferente daquele que tem sido estabelecido pela linha de orientação dos últimos anos, com definição de pelouros e responsabilidades pelos quais tais administradores devem responder anualmente. A nomeação para cargos de administração na SAD deve representar uma mais valia em termos desportivos, sendo escolhidas pessoas com experiência comprovada na área do futebol, aliando essa experiência ao Benfiquismo, acreditando também o Movimento que devem os nomes propostos ser ratificados pelos responsáveis pelo destino do Glorioso em sede própria, isto é, os associados do Sport Lisboa e Benfica reunidos em Assembleia Geral do Clube. A2) Diminuição do número de jogadores do plantel principal. É intuito do Movimento apresentar plantéis mais curtos, mais competitivos e de qualidade média superior. O plantel de futebol deve ser composto por dois jogadores por cada posição, com condições para assumir a titularidade a qualquer momento, não colocando em causa a qualidade de processos da equipa. Realce-se que um número de atletas no plantel sénior de futebol profissional próximo das três dezenas de elementos, como tem acontecido no passado recente do Clube, é prejudicial ao aproveitamento máximo do processo de treino e à gestão do balneário. Um menor número de jogadores no plantel obrigará não só a um maior critério nas contratações, com maior probabilidade das compras garantirem acréscimos de qualidade, mas também a uma maior presença dos jovens das equipas B, Sub 23 e juniores nos processos de treino e jogo da equipa sénior, quando as suas características e potencial assim o justifiquem, o que permitirá aos jovens jogadores da formação uma ascensão mais fácil à equipa principal. A3) Redução do quadro de atletas com contrato com o Sport Lisboa e Benfica. Tendo à partida três equipas de futebol profissional - principal, equipa B e equipa Sub-23 - contratações questionáveis são actos de despesismo que impedem maior capacidade para contratar atletas de qualidade ou garantir a devida recompensa aos que se encontrem nos quadros. O Movimento não se revê na política das anteriores e actual Direcção, de transacção de jogadores sem o intuito de virem a render desportivamente na equipa profissional de futebol, desumanizando os atletas numa óptica mercantilista em que os mesmos são usados como moeda de troca na relação com outros clubes. A opacidade com que esta política é praticada é igual motivo de preocupação, podendo ser combatida através da redução deste número de negócios. A4) Garantir a permanência dos principais jogadores do Clube pelo período mínimo de duas épocas desportivas. A Direcção do Sport Lisboa e Benfica deve zelar pela permanência dos atletas de maior qualidade pelo maior período temporal possível, garantindo uma correcta identificação com os valores e objectivos do Clube e fortalecendo a ligação emocional quer entre o atleta e o Clube quer entre os adeptos e o atleta. O Movimento assume a posição de garantir a permanência dos profissionais mais capazes durante o período mínimo de duas épocas desportivas completas, posição essa acordada com os jogadores aquando das suas contratações ou renovações contratuais. Sem desvalorizar a componente financeira da SAD, a componente desportiva estará sempre acima de qualquer outra. Os adeptos e associados do Benfica não celebram nem se satisfazem com vendas avultadas, mas com glória desportiva e qualidade de jogo. Sob a gestão do Movimento, e do ponto de vista orçamental, o Clube dará sempre prioridade às melhorias contratuais de atletas de qualidade comprovada e identificados com o Clube - quer os atletas tenham ascendido da formação à equipa principal quer tenham sido contratados - em detrimento de encargos com contratações de jogadores desconhecidos do universo Benfiquista. Só é possível reduzir a distância competitiva para os maiores clubes da Europa mantendo estabilidade no principal quadro de atletas. Qualquer saída antes do tempo definido terá obrigatoriamente de ser efectuada pelo valor da cláusula de rescisão. A5) Garantir a atempada preparação do plantel. No início de cada época desportiva, o Sport Lisboa e Benfica não deve estar condicionado pelas datas de abertura ou fecho de mercados, mas sim pelos seus objectivos competitivos. Ter grande parte ou a totalidade do plantel principal fechado no início dos trabalhos é essencial para épocas de sucesso. O Movimento garante que actuará no mercado de transferências como se este estivesse fechado à data de início do campeonato e não no fim do mês de agosto, estabelecendo a janela de inverno do mercado como apenas um meio de correcção de eventuais lacunas no plantel. A6) Reformulação do Departamento de Scouting. Atribuir a liderança do departamento a profissional com reconhecida capacidade e alinhado com o perfil de jogo dos plantéis e diferentes equipas técnicas. A redução do número de contratações de jogadores pretendida implicará maior rigor e critério nas escolhas e uma relação de trabalho mais próxima e profícua entre os membros do departamento e as diversas equipas técnicas, que permitirá coordenar, de modo mais eficaz, a ligação entre as ideias e processos das diferentes equipas de futebol profissional e as características técnicas, tácticas, físicas e mentais dos atletas identificados como alvo de interesse na contratação. A7) Perfil de jogo bem definido da formação à equipa principal. Este perfil de jogo deve ter em conta o estatuto e história do Sport Lisboa e Benfica, bem como as exigências dos seus sócios e adeptos - um sistema versátil, ofensivo, que privilegie a posse e a intensidade de jogo. Tal possibilitará uma mais fácil definição do perfil de técnico a contratar para a equipa principal e uma migração mais fluida de jogadores e treinadores entre escalões, reduzindo os períodos de adaptação e as dificuldades que estes podem implicar. A8) Garantir que o Centro de Estágio e Formação do Seixal continua a ser local de excelência para formação não só de atletas mas também de treinadores. O Movimento tem planeada a permanência do Centro de Estágio e Formação do Seixal como principal fonte de atletas de qualidade na equipa sénior, e pretende utilizar do mesmo modo as valências deste Centro para formação de treinadores, com plano de evolução condizente para as equipas técnicas. A9) Sucesso desportivo como principal meio de reforço internacional da imagem do Clube. No mundo cada vez mais global, a internacionalização da marca Benfica é crucial para a capacidade de aumento de receitas, nomeadamente nos valores de sponsorização. No século XX, o Sport Lisboa e Benfica alcançou essa internacionalização pela vertente desportiva, estratégia que não pode ser diferente neste século XXI - sucesso desportivo em Portugal e na Europa, reforçando junto das comunidades na Europa, África e Américas a presença do Clube mais reconhecido de todos os países onde a primeira língua é o português, aumentando a capacidade de contratar atletas consagrados para posições onde o plantel esteja deficitário, garantindo deste modo aumento da qualidade e maior visibilidade. A10) Acompanhamento da vida profissional de quem deixe o Clube. O Movimento acredita que a Direcção e Conselho de Administração da SAD devem zelar pelo futuro profissional de todos os atletas e funcionários que abandonem os quadros do Clube e acompanhar a sua evolução. Um clube que reconhece quem o serviu é um clube que ficará sempre merecedor de carinho e respeito por parte de quem sai. A11) Criação do Serviço de Inteligência para o Futebol. O Movimento compromete-se com a intenção de dar verdadeiro sentido ao Benfica LAB. Esta unidade terá como missão garantir vantagens competitivas para o Clube através da análise dos actuais modelos de jogo e evolução dos mesmos. Deverá utilizar os melhores meios de investigação disponíveis para se manter actualizada no âmbito da tecnologia e ciência desportiva, maximizando deste modo o desempenho atlético e futebolístico. A12) Definição de critérios claros na atribuição de prémios na SAD. Atribuir-se-ão prémios aos membros do conselho de Administração da SAD somente nas épocas em que cumulativamente sejam cumpridos três requisitos - a conquista do campeonato nacional de futebol e a qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões, aliada à apresentação de resultados financeiros positivos da sociedade. A13) Promover uma auditoria à SAD do clube. A sucessão de casos judiciais envolvendo quadros e administradores da SAD impõe que se apurem causas e responsabilidades, nas áreas financeira, jurídica e da gestão desportiva, de modo a prevenir novas situações geradoras de dano para a imagem do Clube, reforçando a coesão associativa e o bom nome da SAD perante investidores e parceiros institucionais. O Sport Lisboa e Benfica deve estar sempre acima de qualquer suspeita deste foro, sublinhando-se que o exigido a quem gere os destinos do Clube não se esgota na lei. A14) Criação do Portal da Transparência. Tratar-se-á de um portal em que estarão disponíveis para consulta pelos sócios a lista de jogadores sob contrato profissional, as datas de início e fim do referido contrato, o nome do representante do jogador e as despesas com a intermediação da sua transferência e processos de renovação contratual. Sócios bem informados serão sempre sócios com contribuições mais valiosas, e o Movimento aceita e promove as diferentes formas de escrutínio à liderança, característica de sociedades desenvolvidas e sistemas democráticos robustos. A15) Aprovação de critérios para contratação de fornecedores e prestadores de serviços. A SAD do Benfica não pode correr riscos fiscais e penais, ou qualquer outro tipo de contingências, no relacionamento com os seus fornecedores, nomeadamente com os intermediários de futebol, responsáveis por elevados fluxos financeiros na ordem dos milhões de euros. Para remover esse risco, a relação com tais agentes deve assentar na transparência, na optimização dos interesses do Clube e na retenção de máximo valor em cada operação. Deverá, pois, ser instituída uma auditoria interna e um estrito controlo com o objectivo de regular este tipo de transações e afastar da órbita do Benfica práticas pouco recomendáveis, que não se coadunam com os valores do desporto e do Benfica. A16) Passagem do futebol feminino para a esfera da SAD. O potencial de crescimento do futebol feminino, reconhecido pela UEFA e FIFA, deve justificar a profissionalização da sua gestão e afectação de recursos. Urge dar continuidade ao excelente trabalho desenvolvido nas duas últimas épocas desportivas, mantendo o potencial ganhador da nossa formação e plantel principal de futebol feminino. Para esse efeito, o plantel e equipa técnica de futebol feminino devem usufruir ao máximo do ampliado Centro de Estágio e Formação do Seixal, utilizando as instalações quer no trabalho do dia a dia quer para receber jogos das competições onde estão inseridas. O Movimento considera difícil de compreender o facto de o futebol feminino continuar a competir no Estádio da Tapadinha quando se encontram disponíveis campos no Seixal com condições superiores, reservados a atletas masculinos. Acresce que o conhecimento e experiências do futebol profissional podem e devem ser partilhados e ser transversais às diferentes equipas, potenciando o rendimento de todos os atletas desta modalidade e ampliando o sucesso do Sport Lisboa e Benfica. A17) Instituir um observatório permanente do futebol de alta competição. A envolvência do futebol com a sociedade e a economia justificam que o conhecimento e acção do Benfica sobre o fenómeno extravasem os quadros competitivos anuais. O Benfica deve criar um centro de competências especializadas que assimile e produza conhecimento capaz de projetar a marca e influência do clube junto das instituições nacionais e internacionais que regulam e dinamizam o futebol. Seja no plano associativo ou através de participações informais, o Benfica deve ter previamente assegurada capacidade de representação e intervenção, nomeadamente com propostas e iniciativas concertadas que criem bases para o crescimento do Clube a nível global. O Benfica deve mesmo ter um administrador capacitado para este tipo de representação, evitando que seja o actual CFO a acumular este tipo de incumbência em claro prejuízo de uma segregação de funções tão necessária quanto saudável. A18) Dignificar a Taça Eusébio. O Movimento defende que a Taça Eusébio se estabeleça como jogo de apresentação da equipa aos sócios e adeptos do Clube, realizando-se imperativamente no Estádio da Luz, após os estágios de pré-época e antes do primeiro jogo oficial. A merecida homenagem anual à maior lenda do Clube tem sofrido uma desvalorização em que o Movimento não se revê, garantindo que a mesma será sempre símbolo do espírito de comunhão entre atletas e associados que o Clube representa desde a sua fundação. A19) Melhorar a experiência de dia de jogo no Estádio da Luz. O verdadeiro Inferno da Luz, a mais pura essência da festa que é ser Benfiquista, manifesta-se desde sempre de um modo orgânico e não pode ser controlado, previsto ou criado artificialmente. As vozes dos Benfiquistas não podem ser trocadas por estridentes decibéis disparados das colunas, os cachecóis não podem ser substituídos por cartolinas, os incentivos não podem depender da vontade do speaker, mas sim do fervor traduzido espontaneamente por manifestações colectivas de amor e apoio ao Sport Lisboa e Benfica. |